sábado, 5 de junho de 2010

Dois corações



No início é difícil de imaginar o que se sente. Apenas se sente. É o começo de algo que está para começar. Não dá pra saber exatamente o que é e como é. Às vezes me sinto mal, como se eu quisesse colocar tudo de ruim para fora. E é mais ou menos isso que eu sinto, que estou num processo de transformação para um novo ciclo de só coisas boas, que no início dói um pouco, às vezes incomoda muito. Desde então meu coração nunca mais diminuiu o ritmo dele. Todo dia é uma emoção diferente, é uma dor que eu sinto, é um prazer que aumenta, é um sentido que tá mais aguçado, é uma careta pra lá, um consolo pra cá, um sorriso de alegria, lágrimas, sono, muito sono e às vezes bate uma tristeza... mas que logo passa e eu volto a sorrir com o cuidado de mamãe, a preocupação das amigas que serão todas tias e o meu próprio consolo, eu tenho a mim. Não me sinto mais sozinha, para onde vou sei que não estou só. Sei que tem alguém comigo, e que ela vale mais do que eu. Quando entrei na sala, como num passe de mágica, eu ouvi um coração que não era o meu. E era verdade, a mais pura verdade. Eu agora tenho dois corações.

Por Bruna Steinbach.



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